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Psiquiatras em Bauru
Psiquiatras em Bauru

       

   Psicopatia pode ser diagnosticada somente a partir da adolescência.

 

           Diz-se que uma pessoa é portadora do transtorno de personalidade dissocial, como a psicopatia é chamada hoje, quando não mostra compaixão nas relações tanto com os humanos quanto com os animais. O transtorno ocorre em 1% a 3% da população. Às vezes manifesta-se já na infância, mas nesse período não pode ser diagnosticado, porque ainda não se tem muito bem a visão do outro.

          A psicopatia é um transtorno de personalidade. Psicopatia, aliás, é um termo do passado. Hoje,  é chamada transtorno de personalidade dissocial, ou seja, das pessoas que não conseguem seguir as normas de convivência social.

          A característica básica do portador é a ausência de compaixão em relação aos seres humanos e aos animais. Ele é frio e predador nas relações. Outras características do portador são: a) grande charme e eloquência; b) boa capacidade de cativar as presas; c) inteligência em geral incomum; d)  raciocínio frio e calculista; e) não tem escrúpulos e é mentiroso, cínico e dissimulado; f) não aceita regras e limites; g) tem comportamento sexual exacerbado sem envolvimento emocional; h) gosto refinado; e i) baixa tolerância a frustrações, reagindo a elas de uma forma agressiva ou violenta. 

          O transtorno ocorre em homens e mulheres. A maioria tem as formas moderada e mediana e vive aplicando pequenos golpes. Mas uma minoria mais violenta, constituída mais de homens, pode matar com requintes de crueldade, sem mostrar remorso, culpa ou arrependimento, para conseguir seus objetivos.

          Não se sabe o que causa o transtorno. Pesquisadores tentaram verificar se os portadores têm alterações cerebrais, em especial no sistema límbico, responsável pelas emoções, mas não chegaram a nenhuma conclusão. Muitas dessas pessoas, de outro lado, tiveram traumas na infância, como abuso emocional, sexual ou físico, violência e/ou negligência. Outros enfrentaram miséria e fome. Mas o transtorno pode formar-se independentemente de todas essas situações.

          Sabe-se que tem um componente genético. Calcula-se que atinja 1% a 3% da população. Eles se disfarçam de políticos, empresários, executivos, religiosos e profissionais liberais. Em todas as áreas, agem manipulando as pessoas e/ou os concorrentes, isto é, usam no trato com eles do chamado “rolo compressor”. “Pisam em todos” para atingir seus objetivos.

          As consequência para os portadores em casa são que, como não respeitam ninguém e se aproveitam de todos, ou saem ou são postos fora de casa. Na escola, maltratam todos, são expulsos e por isso não completam os cursos. Nas relações amorosas, só usam o parceiro sexualmente ou para obter vantagens, por isso não são duradouras. No trabalho, podem tanto aprontar logo e ser demitidos, quanto agir com habilidade, manipular todo mundo e conseguir bons cargos. Assim, podem ser bem-sucedidos e ficar ricos ou se tornarem bandidos e acabarem atrás das grades.

         É impossível, como se vê, evitar a psicopatia. Psicopatas, de outro lado, jamais buscam tratamento. Pais que notem os traços do trantorno em seus filhos pequenos ou adolescentes devem levá-los a um psiquiatra. Boa alternativa para quem não tem plano de saúde são os ambulatórios das Faculdades de Psiquiatria Estaduais e Federais.

       O diagnóstico é clínico, ou seja, conversar com parentes, amigos, ex-parceiros e pessoas prejudicadas por eles. É fundamental saber se têm outros transtornos, como ansiedade e depressão, e tratar. No caso específico da psicopatia, ainda não pode ser tratada com remédios. Mas já se começa a se usar para isso as terapias cognitivas comportamentais, que objetivam despertar nos portadores a capacidade de sentir compaixão.

Fonte: Revista Caras Brasil

Notícia publicada Ter, 5 Nov 2013 as 21:17, por Wilson Roberto Fabra Siqueira.

     Transtorno da ansiedade pode ser controlado com remédios e terapia.

 

 

       Esse distúrbio se caracteriza por pensamentos disfuncionais e “sequestradores” da atenção, em geral negativos e relacionados ao futuro. Atinge 10% da população. É mais comum nas mulheres — a relação é de dois para um, ou seja, a cada grupo de duas mulheres portadoras há um homem. Ocorre mais nos adultos, pois ficam em permanente estado de alerta e se sentem angustiados.

       A ansiedade é um estado de humor que se caracteriza por pensamentos sobre fatos que estão para acontecer, portanto relacionados ao futuro. Nada mais natural do que a pessoa se sentir ansiosa às vésperas do primeiro dia de emprego, de uma cirurgia, de fechar um negócio ou até de uma viagem. Nesses momentos, a ansiedade é bem-vinda, porque age como mola que impulsiona o indivíduo para a frente.

        Mas a ansiedade se torna doentia quando a pessoa, em qualquer situação, acredita que o pior irá ocorrer e se preocupa demais com tudo. O organismo reage com sinais físicos como tensão muscular, tremor, diarreia, falta de ar, aceleramento cardíaco e sudorese. O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é diagnosticado quando alguns ou todos esses sintomas permanecem por mais de seis meses e causam problemas no dia a dia. O indivíduo torna-se mais irritado, tem dificuldade de concentração, sente cansaço e perturbação ao dormir (insônia ou sono insatisfatório).

         O distúrbio ocorre devido a uma queda na quantidade dos neurotransmissores, substâncias que conduzem os impulsos nervosos de uma célula cerebral (neurônio) para outra. A serotonina e a noradrenalina são os principais neurotransmissores cujos níveis cerebrais costumam baixar nas pessoas que sofrem de TAG. O diagnóstico deve ser feito por um psiquiatra a partir de exames clínicos criteriosos e do histórico de vida do paciente: qual a frequência e a intensidade das crises. Há testes quantitativos que podem ser aplicados para saber o grau de ansiedade.

        Constatado o TAG, o tratamento é feito com ansiolíticos e antidepressivos, que podem ser associados ou não. Os remédios demoram, em média, 15 dias para começar a fazer efeito e precisam ser tomados por seis meses a um ano, quando os sintomas já devem ter sumido, e sempre retirados aos poucos, em doses reduzidas.

         Além do tratamento farmacológico, com acompanhamento psiquiátrico, é indicada a terapia cognitivo-comportamental. Essa linha baseia-se na identificação dos pensamentos disfuncionais e na racionalização para trazê- los para o aqui e agora. A possibilidade de cura é grande. Em alguns casos, o transtorno pode voltar, mas o importante é que o paciente já sabe o caminho e que existe solução.

         Para quem não pode pagar médicos particulares, boas opções são o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e os ambulatórios de Psiquiatria das Faculdades de Medicina. As causas do TAG vão da hereditariedade ao desgaste emocional causado por estresse profissional, doméstico ou urbano. Sedentários têm mais predisposição a ficar ansiosos. No caso das mulheres, influencia ainda a oscilação hormonal, que afeta o humor.

         As medidas preventivas são principalmente praticar atividades físicas regularmente, adotar uma alimentação equilibrada e manter o que se chama “higiene do sono”, ou seja, deitar-se e acordar-se em horários mais ou menos fixos, dormir em ambiente silencioso, arejado e escuro e por tempo suficiente para o descanso. Pessoas que têm um ritmo mais acelerado de vida devem evitar o consumo de substâncias estimulantes, como cafeína, teína e chocolate. É importante também manter uma rotina de vida saudável, não descuidar do lazer e ter vida espiritual. 

 

Fonte: Revista Caras Brasil

Notícia publicada Ter, 29 Abr 2014 as 19:17, por Wilson Roberto Fabra Siqueira.

 

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